Traduzindo

quinta-feira, agosto 04, 2011

Cafas namorando

(“Porque sou feita pro amor da cabeça aos pés”, Ana Carolina falando disfarçadamente do Cafas)

- Cafas!
- Arthurzinho, maxo, já te disse, para com esse negócio de Cafas!

- Opa, foi mal, mas seguinte, parabéns, cara!
- Ah, rapaz, brigadão!

- Muitas felicidades nessa nova fase.
- Poxa vida, eu até tinha esquecido que meu aniversário é hoje. Ei, mas meu aniversário não é hoje não. Parabéns? Como assim?

- Eu já fiquei sabendo, viu? Seu danado!
- Hum, como assim?

- Oura, parabéns por essa vitória que eu sei, não adianta me enganar.
- Poxa, valeu, eu tava querendo isso faz tempo mesmo. Quem te contou, foi minha mãe?

- Não, tava todo mundo sabendo, eu vi na internet.
- Sério? Tá todo mundo sabendo que eu fiquei curado de uma curuba na bun...

- Que curuba o que rapaz! Sai pra lá!
- E que negócio de parabéns é esse? O que eu ganhei mesmo?

- É pelo teu namoro, pelo teu namoro.
- Ah, valeu, mas agora já é tarde.

- Como assim? Tarde como? Eu fiquei sabendo ontem à noite.
- Pois é, ontem eu fiquei tão feliz com o fato de minha garota ter aceitado namorar comigo, que usei o celular para colocar na internet que estava namorando. Pense numa burrada grande, foi o começo do fim...

- O que aconteceu?
- O telefone parecia um pai-de-santo em dia de festa, só recebendo entidade. Rapaz, mas ele não parava de se tremer, parecia que tava tendo era convulsão. Tremia direto. Era ligação ou mensagem chegando direto e a minha namorada só olhando pra mim com a cara mais feia do mundo, e olhe que ela é de uma lindeza que não existe jeito de ficar feia, mas nesse caso era só raiva mesmo...

- E tu não desligou o telefone não?
- Mas é claro que desliguei! Mas não adiantou.

- Como assim?
- Seguinte: estávamos no shopping. Depois de um cinema e um lanche, fiz o pedido e ela aceitou. E foi aí que o diacho do celular começou a tremer feito liquidificador, né? Desliguei mas aí o negócio ficou pior.

- Pior como?
- Rapaz, mas você não vai acreditar. Começou a chegar bilhetinho com recado em guardanapo.

- Mentira!
- Mas rapaz! Não to dizendo? Chegou, sim. E ela ainda leu alguns. “Pedro, você não pode namorar, você é uma força da natureza”. “Pedro, seu egoísta, e nós, como vamos ficar?”. “Pedro, e nossas noites debaixo das goiabeiras?”. “Pedro, e agora? Vou ficar só com o meu marido?”. “Pedrinho, você quer nos deixar viúvas?”. “Pedrito, e nossa tardes de domingo tomando bananada e comendo goiabada?”, “Pedinho, você não é jogo do bicho, mas é paratodos!”. Esse último foi até meio estranho, mas foi isso. E ela leu em voz alta, pra eu escutar.

- E você?
- Eu fiquei todo envergonhado. Eu tava quieto mesmo fazia um tempo, mas aí é aquela história do passado condenar, né?

- Pois é, eu sempre avisava, mas você escutava?
- Pois é. E o pior veio depois. Era a gente passando e umas vendedoras e garçonetes ficavam dando tchau ou piscando. Quando chegamos ao carro, lá estava um recado anotado em uma folha de árvore. Aí foi o fim. Ela disse que não queria morrer de tanto sentir ciúmes e nem passar a vida brigando comigo por conta dessas outras. Eu tentei argumentar, mas não teve jeito. Um namoro de menos de 24 horas.

- E agora, o que você vai fazer?
- Adivinha?

- Já sei, vai voltar para a vida de antes e ...
- Nada disso. Primeiro, eu vou tentar reconquistá-la e mostrar todo meu sentimento por ela. Eu gosto dela e vou lutar, sim senhor! Eu não sou um cafajeste, eu estaaava cafajeste, não é uma coisa para vida inteira. Descobri que o bom mesmo, sem querer ser clichê, é conquistar a mesma garota várias vezes. Vou à luta!

- Se não der certo?
- Bem, aí... Aí tu sabe aquela loirinha que acabou de se mudar e é tua nova vizinha? Pois é...
=]

3 comentários:

YslanRodrigues disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Cafas forever. ;)

Juss disse...

Muito bom, Rafael.
Li os links, também, que ce deixou no Cafas.
Uma história melhor que a outra, do Tu-lírico.

kkkkkkk!

Abraço! :D

Jéssica Trabuco disse...

kkkkkkkkkkk...
Ayala eu ADORO seus textos moço!